quinta-feira, 31 de março de 2011

E agora...com que câmera eu vou?


Qual câmera eu devo comprar?
Normalmente esta é a 1ª pergunta que me fazem quando ficam sabendo que trabalho com Fotografia e preciso esclarecer que, não é porque alguém é fotografo profissional ou trabalha em um laboratório ou em uma produtora, que ele vai saber tudo sobre equipamentos fotográficos.
Esclarecido isto podemos abordar o tema definindo melhor a pergunta:

- Você quer saber qual marca de câmera deve comprar (Canon, Nikon, Sony, etc)?
- Ou então qual o modelo de câmera dentre as marcas disponíveis?
-Ou qual o tipo de câmera (Reflex, compacta, semi-profissional)?
 Bom, sobre marcas eu não costumo opinar pois cada uma tem sua particularidade, seus pontos positivos e suas limitações, mas apenas insisto para que opte pelas marcas mais tradicionais e com mais oferta no mercado, pois isto é uma garantia maior de qualidade e de facilidade em manutenção e peças.
Quanto aos modelos, vão depender daquilo que você procura em uma câmera, ou seja, você faz questão que tenha tela sensível ao toque?  Zoom ótico de quantas vezes(esqueça do zoom digital, é fria!)? E por ai você pode ver qual modelo no mercado  possui tais configurações.
Agora se a questão é o tipo de câmera, podemos então falar algo mais.
Neste caso você precisa definir qual a finalidade proposta ao adquirir uma câmera fotográfica, que papel este equipamento vai desempenhar em seu dia-a-dia. Por exemplo, você pretende ter uma câmera apenas para situações “raras” de uso , (tipo sua sogra vem te visitar e você não pode deixar de registrar este momento) então uma boa pedida são as compactas que possuem bons recursos automáticos, bastando apenas saber onde as ligar, apontar e disparar.
Se você já foi infectado pelo vírus da fotografia e gosta de fotografar de tudo e a todos, consegue tirar 254.365.987 fotos em uma viagem de 02 dias para Moçoroca, no meio do sertão, ou não resiste a tentação de fotografar aquele delicioso prato preparado no almoço de domingo, então deve considerar uma semi-profissional ou uma Reflex (aquelas câmeras em que você troca as lentes).
A diferença entre ambas não esta apenas no preço, mas sim no fato de que as semi-profissionais não deixam de ser compactas com mais recursos e possibilidades de conectar acessórios externos (flashes, conversor de grande-angular,etc). Já as reflex possuem também diferentes patamares de recursos e preços, resultado de variados aspectos incorporados (FullFrame ou APS, etc) e ainda as lentes intercambiáveis, tudo isto resultando em um investimento considerável.
Portanto posso dizer que você deve considerar tais aspectos e acima de tudo avaliar as suas condições financeiras, para ai se definir por qual câmera comprar, lembrando que não é o equipamento mais avançado ou de uso profissional que garantira a você boas fotos (é claro que isso ajuda muito), mas sim a sua Atenção e Dedicação a esta arte fascinante.

terça-feira, 29 de março de 2011

Florianópolis- Comer, comer e...comer.

Para mim, Florianópolis ou apenas Floripa como muitos preferem, tem tudo para ser um local perfeito para se viver. É a capital do estado, o que lhe garante um ar cosmopolita, alem de ser uma ilha com praias maravilhosas, uma natureza prodigiosa e pessoas bonitas e bem educadas.
Esta foi a quarta vez que visitei a ilha em um período de 20 anos, e é claro que muita coisa mudou entre uma e outra ocasião.
Algumas praias que conheci praticamente selvagens, ou pelo menos com quase nenhuma ocupação nos arredores, hoje encontram-se ligadas por grandes avenidas urbanizadas e com intenso comercio, mas nada que lhes tirem o charme.

Lagoa da Conceição

Na chegada nos hospedamos no Hotel Morro das Pedras, mas achamos as condições do local precárias e no dia seguinte nos transferimos para o Hotel São Sebastião da Praia, este sim muito bom, com excelente relação custo/beneficio.
Como só tínhamos 02 dias na cidade e o famigerado “Vento Sul” resolveu nos seguir desde Garopaba, não tivemos a oportunidade de refazer passeios que já conhecíamos, como descer as dunas de Joaquina  fazendo skibunda (tente entrar em uma duna de areia com um vento implacável) e nem participar do Open ProMaster de Caixote na praia do Campeche.

Restou apenas se submeter a um constante processo de engorda, comendo tudo que encontrávamos de pães doces e afins, nas padarias dos supermercados locais.
Aliás se você não sabia, este pessoal tem um talento nato para panificação (ou seria pâtisserie), pois em qualquer mercadinho de bairro que você entrar a cena será a mesma: muuiiitaaasss opções de pães doces, tortas, cucas, bombas, etc...
Outra coisa que nos chamou a atenção foram os muitos restaurantes, principalmente na orla da Lagoa da Conceição, que ofereciam uma tal de “seqüência de camarões”. Após ficarmos curiosos pedimos aos nossos anfitriões que nos levassem em um bom restaurante para provarmos isto. Fomos apresentados ao Restaurante Tamarutaca (RUA LAURINDO JOSE DE SOUZA, 663), na Barra da Lagoa da Conceição.

Isto é que é legal em se conhecer algum nativo (ou neste caso naturalizado), pois eles nos levam em locais que só quem é da cidade conhece, pois nós com certeza teríamos passado batido e nem veríamos  o local.
Não que seja uma espelunca e tal, mas sim um local muito charmoso, com fachada de madeira estilo colonial, discreto e elegante. A cozinha é conduzida pela proprietária e a qualidade no atendimento foi excepcional.
A seqüência de camarões consiste em uma porção de camarão no bafo, uma de camarão a milanesa, outra de camarão no alho, bolinhos de peixe e caranguejo e um peixe ao molho de camarões. Segundo o atendente, seria suficiente para 03 pessoas, mas graças aos amigos que já conheciam o local, ficamos sabendo que 05 pessoas comeriam bem. Neste caso como estávamos em 07 pessoas, pedimos também um strogonoff de camarões, acompanhado por batatas e arroz e substituímos o bolinho de peixe por mais bolinhos de caranguejo. Posso dizer que todos comeram muito bem.
Outra opção interessante que experimentamos foi a tão manjada pizza de cada dia. Neste caso fomos a Pizzaria Santa Redonda, no Campeche, que surpreendeu pelos sabores e combinações diferenciados ( tinha uma com coração de alcachofra...)e pelo ambiente acolhedor.

Agora...para quem quer uma aventura legal é só tentar fotografar um dos grandes cartões postais da cidade no anoitecer. Estou me referindo a Ponte Hercilio Luz.

  
 
Aventura porque não se tem muita opção de onde estacionar, alem de uma certa preocupação com segurança. Mas ainda assim conseguimos parar no estacionamento de um restaurante localizado junto ao pilar da ponte e fazer algumas fotos.
Neste caso um tripé é necessário, ou você pode apoiar a câmera em um local firme (teto do carro) e usar um disparador de cabo, evitando assim que a câmera trema, pois se deve ajustar a câmera em “B” (bulb) e fazer varias exposições com tempos diferentes.Caso sua câmera não tenha esta opção você deve coloca-la na opção M (Manual) e começar com o maior tempo de obturador permitido, assim como a maior abertura (f) possível, selecione o modo de disparo com timer, apóie a câmera em local firme e dispare. Isto é para evitar que a câmera balance apenas com o peso de seu dedo acionando o botão de disparo.
Faça diversas fotos com diferentes ajustes de tempo e abertura e veja depois qual ficou melhor. Aconselho ainda a não usar um valor de ISO muito alto, evitando o aparecimento de Moire  (aqueles pontinhos coloridos que fazem parecer uma foto de baile de carnaval, cheio de confete), algo como ISO 400 ou 600 deve funcionar.

Só ficaram faltando mesmo fotos das praias e das dunas, mas logo eu volto para lá...



sábado, 26 de março de 2011

RAW ou JPEG? Eis a questão.

Muita gente me pergunta sobre qual destes formatos é melhor para se fotografar, e o que eu respondo é: EU só fotografo em RAW!
Mas qual a diferença entre eles? Para responder sem ficar entrando em definições tecnicas e extensas, vamos primeiro definir o que significa RAW,e nada mais é que a palavra em inglês para "Cru".
Na verdade é isto mesmo, a imagem capturada não sofre nenhum ajuste pré-definido (vem "cru" literalmente),ficando para o fotografo criar tais parâmetros posteriormente,já no formato JPEG a imagem segue padrões definidos pelo programa interno do equipamento ou pelas configurações pessoais acrescidas pelo usuário.
Além disto vale dizer que no formato JPEG ocorre uma compressão nos dados que compõem a imagem (mesmo no modo HighQuality), ou seja sempre se perdem informações,fato este que não ocorre no formato RAW.
Mas você já deve estar pensando:"Certo...o negócioé fotografar em RAW!"
Falta dizer que cada fabricante de camera tem o seu formato e estes não conseguem ser lidos pela maioria dos computadores, sem que você instale um software normalmente fornecido pela fabrica, ou utilize o Photoshop, que incorporou as suas ultimas versões um Plugin chamado Adobe Camera RAW, ou simplesmente ACR.
Particularmente acho a opção do ACR muito interessante, pois a cada versão do programa novas ferramentas tem sido acrescidas, incorporando filtros de efeitos, graduados e para redução de ruidos, que fazem verdadeiras maravilhas, muitas vezes salvando aquela foto unica que você achou estar perdida.
Se você não vai ter tempo para descarregar suas imagens, fazer os ajustes no ACR e salva-las em TIFF ou JPEG, então a opção de fotografar em Jpeg continua sendo a melhor para você , mas quando tiver a oportunidade faça algumas imagens em RAW, brinque com as opções de processamento e compare os resultados, você pode se surpreender!
Em outro post falaremos um pouco sobre fluxo de trabalho e também sobre as opções que encontramos no ACR.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Whale Watching (Observação de Baleias) em Santa Catarina.


As baleias da espécie Franca podem ser vistas desde o litoral sul de Laguna até Florianópolis, mas é em Imbituba e Garopaba que se registram o maior numero delas.
Estivemos lá entre os dias 29/set e 03/out/2010 e pudemos conferir isto.
Com os preços das passagens aéreas, ficou inviável fazer um passeio destes de carro. Saímos de Campinas até Floripa pela Azul e gastamos menos de R$800,00 em 04 pessoas (ida e Volta).
Em Floripa alugamos um carro e ai vale a pena pesquisar, pois encontramos tarifas com até 50% de diferença.
Em Imbituba nos hospedamos na Pousada Morada dos Sisais um local bem legal, com bom preço e conforto.
Só pode ir preparado para as “ruas” do local...na verdade são ruelas que vão serpenteando entre as casas e que de repente se tornam ladeiras, onde apenas um carro passa de cada vez ( e eu com um GOL 1000!!!).
Nesta época do ano a cidade estava bem vazia e as opções de restaurantes minguaram, acabamos almoçando em um Self-Service simples, mas com um pessoal bem hospitaleiro.
Para ver as baleias você deve contratar o passeio em uma operadora local. Em Garopaba existem 02 que pudemos conhecer.
O Grupo Vida Sol e Mar e a Base Cangulo. A primeira conta com uma estrutura super profissional, com biólogos marinhos acompanhando o grupo e palestra educativa sobre as baleias, já o segundo, foi indicado pelos moradores do local, são bem informais e muito competentes em achar as baleias.  
Menos famosas que as baleias da espécie Jubarte (vistas em Caravelas/BA) as Franca são hoje a 2ª espécie mais ameaçada de extinção. Talvez porque ficar perto de um gigante destes não traga nenhum tipo de temor, mas sim uma vontade louca de as tocar e até mesmo de pular na água junto a estes lindos animais.
Como tudo isto é PROIBIDO, o que você pode fazer é... Fotografá-las!

E é ai que a coisa se complica! E por quê?
Primeiro que o barco fica com o motor desligado e ao sabor das ondas, então tente enquadrar e focar algo nestas condições, além do fato de que as baleias não ficam fazendo pose e são incrivelmente rápidas.
Uma boa dica é trabalhar com câmeras com uma grande resolução (acima de 10MP) e não puxar muito o Zoom, assim você pode enquadrar uma área maior e depois editar a foto, dando um corte mais preciso e até aproximando mais o objeto, sem muita perca na qualidade.
Foto Original- sem retoques e da forma que deu...

Foto com recorte e alguns ajustes no PS
 
Se você é como eu que enjoa em brinquedo de playground, pode tomar um Dramin (veja se pode tomar 2...), pois chegou uma hora em que de tanto sacolejar e ficar virando de um lado pro outro do barco, acabei ficando mareado.
Ai o jeito foi fazer a viagem de volta deitado de barriga pra cima, no colo da minha esposa(maravilha!!!)


Garopaba tem muitas praias, todas muito bonitas ... e de tombo. Portanto a menos que você seja surfista, não vai conseguir entrar na água, principalmente com crianças. Pode ser que no verão isto mude (correntes oceânicas, El Nino, sei lá...), mas enquanto estivemos por lá, foi o que encontramos.
Depois de 02 dias de muito vento ( o tal de Vento Sul), o clima mudou para chuva e resolvemos seguir para Florianópolis, em busca de mais opções de praias e alguma atividade para meus filhos (adolescente é Photha).
No próximo post falo sobre a etapa de Floripa.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Fotografar é...


“Fotografar ...é colocar na mesma linha de mira...a cabeça, o olho e o coração.”

Inicio este Blog com esta frase do excelente Henri Cartier-Bresson, um dos grandes mestres da Fotografia, e em quem muito me inspirei.
Sou Fotografo Publicitário, estabelecido em Americana-SP a 12 anos, mas tenho um amor declarado pela fotografia desde os 6 anos de idade, quando comprei minha 1ª câmera fotográfica (quase uma Pinhole) com o dinheiro que juntei do “bom princípio de Ano Novo”.
Até aqui tudo bem...mas você deve estar perguntando: e o Comer e Viajar, onde entram nesta historia?
Na verdade, minhas primeiras lembranças ligadas a fotografia, são das pequenas viagens que fiz com meus pais e irmãos. Daquelas em que meus pais colocavam os 5 filhos em um Fusca 1966 ,três no banco de trás, um no colo de minha mãe e EU naquele coxinho que tinha no fundo, com uma panela de arroz quentinho entre as pernas (não sei como não fiquei estéril).
E talvez...por ter colocado a cabeça, o olho, e principalmente o coração em cada uma daquelas fotos,( muitas delas com foco ruim, sem contraste e outras até tremidas) consigo ainda depois de quase 40 anos me emocionar e viver novamente aquele momento único, perdido no tempo mas salvo pela Eternidade de uma fotografia.
Neste espaço pretendo dividir com vocês, de forma simples e descontraída, as sugestões, dicas e experiências de locais por onde passei, dos pratos que pude comer e principalmente...das emoções que pude eternizar em uma fotografia.
Ahhh...vou gostar muito de receber indicações de locais a conhecer, pratos a comer,e  blá-blá-blá...