quinta-feira, 15 de agosto de 2013

MONTE ALEGRE DO SUL - O ENCONTRO COM O PICA-PAU REI

Todo mundo atrás do Beija-Flor de Bochecha azul
Foto: Daniel Teixeira
Continuando a nossa narrativa... Depois do suntuoso almoço, resolvemos descansar um pouco antes de sairmos novamente, e combinamos de nos encontrar em frente ao restaurante para dali seguirmos rumo a nosso novo destino.
Acabamos dormindo um pouco demais e chegamos no ponto de encontro por volta de 16h, portanto teríamos pouco tempo com luz boa para fotografar. Cada um separou aquilo que achava indispensável levar e seguimos em 03 carros (algumas esposas e filhos não foram) rumo a uma pequena estrada, que passava pela Fonte da Índia. Nesta ocasião não tivemos a companhia do Zaga, que estava participando de um compromisso particular.

Cada um pensando em não esquecer nada imprescindível.
Foto: Peterson

Realmente, cada um tem algo que acha imprescindível!!!
Foto: Dú Nyari
O Luciano conhecia o caminho e nos levou até o local onde deixaríamos os carros estacionados: a Fonte da Índia, um local bem agradável e que possui - além de uma água  fresquinha - um Mural de azulejos, com a tal índia. Disseram que neste, existem sete aves inseridas na paisagem, mas bem disfarçadas, e quem as consegue encontrar pode fazer um pedido e o ter realizado.

O mistério da sétima ave...
Foto: Danilo
Como gostamos de desafios, no melhor estilo Indiana Jones, nós aproveitamos e procuramos as tais aves. O interessante é que facilmente se acham seis delas, a sétima é que dá canseira!
Mas como somos extremamente perspicazes, nós, os seletos membros do GRIFOO conseguimos desvendar o mistério. Trata-se de uma ave psittaciforme, da família psittacidae e do sexo feminino, mas esta só os fortes entenderão, afinal o mistério deve ser resolvido no local, por aqueles que se aventurarem!
Mas continuando... Saímos rumo a estrada e não sabemos ao certo o que ocorreu com nosso amigo Danilo, que falava mais que o homem da cobra e em um volume superior a vendedor de sanduíche natural em praia movimentada.

A estrada após a Fonte da Índia
Foto: Dú Nyari
O resultado é que nenhuma ave parava quieta perto de nós. Pude até ver uma ave com um tamanho considerável voar sob a copa de uma arvore muito alta, mas sem chance de identifica-la.
Optamos por amordaça-lo e força-lo a tomar alguns comprimidos de Valiun e Gardenal.
Com ele mais calmo agora, continuamos mais alguns metros e o nosso amigo Dú Nyari consegue ver algo no alto de uma arvore...Um Pica-pau!
Logo a confirmação visual e aquela batida característica, tratava-se de um Pica-pau rei (Campephilus robustus).
Agora em silêncio absoluto aguardávamos que ele se colocasse em uma posição na qual pudéssemos fotografa-lo. Tentamos até improvisar o play-back, com o Luciano usando duas pedras para bater em um tronco, imitando perfeitamente a batida deste animal... E funcionou! Ele logo começou a responder e voou para um local agora mais acessível. Centenas de fotos rolaram...

O prêmio do dia!
E aquela SORTE que sempre nos acompanha resolveu dar as caras, fazendo com que nosso amigo voasse em direção a um tronco seco, limpo, com o Sol a favor e permanecesse ali tempo suficiente para conseguirmos belas fotos, voando em seguida para longe dali e não retornando mais.
Achamos melhor continuar e deixa-lo em paz, afinal não queríamos abusar da sorte.
Seguimos algumas dezenas de metros e a luz já começava a sumir, achamos melhor voltar para os carros e seguir ainda para a Cachoeira das Andorinhas, quando ao passarmos pelo tronco em que havíamos fotografado o pica-pau, observamos alguns buracos no mesmo. O Luciano acabava de comentar  que seria um local excelente para um ninho, quando vimos o mesmo sair rapidamente de dentro do buraco.
Euforia e muito silêncio, ficamos ali por minutos que pareciam uma eternidade, quando o nosso amigo voltou e ficou rodeando a entrada antes de voar novamente, e fez isto varias vezes, sempre sendo fotografado.
Achamos apropriado ir embora, afinal se aquele fosse mesmo o seu ninho, estaria evitando entrar para que não soubéssemos onde ele ficava.

A entrada do ninho?
Neste ponto nos despedimos do Daniel e da Rafaela, que voltariam para casa mais cedo por conta de compromissos familiares.Obrigado pela companhia e pelas fotos da turma!
Seguimos para a Cachoeira afim de que alguns amigos que ainda não tinham fotografado os Taperuçus, pudessem faze-lo.Uma nova tentativa - sem sucesso - de fotografar o Mocho Diabo e jantar novamente, mas desta vez com uma surpresa, estariam servindo um delicioso Fondue de Chocolate como sobremesa, com MORANGOS é claro!
Mais uma rodada de vinho, queijos e frios, altas conversas e dormir cedo.Faltava ainda a manhã de domingo e iriamos em busca do Mergulhão pequeno.

DOMINGO - NOVAS SURPRESAS


A Cachoeira sob a trilha
Uma parte do pessoal resolveu sair cedo (muito cedo) atrás do Estalador, experiência que polidamente recusei. Aproveitei e fiz a trilha que leva da pousada ao restaurante, aproveitando para fotografar a singela queda d´água que cruza o caminho. Boa ocasião para treinar alguns conceitos como Longa exposição, fotometria e ISO.
Quando cheguei ao restaurante, encontrei com o grupo voltando na busca ao Estalador, que apareceu para as lentes de todos, menos do Luciano!!! Sacanagem...

Amanhecer em frente ao restaurante
Logo depois, nossos familiares chegaram e resolveram não nos acompanhar, ficando ali para desfrutar das atrações da Fazenda.
Passeios a cavalo, colheita de morangos, a visita de Saguis e ainda um passeio pela cidade, estavam na pauta do dia delas.





Fotos: Mônica, Jacqueline e Joana
No local possuem alguns cavalos que podem ser montados em pequenos passeios monitorados.



Neste dia comemoravam na cidade o dia do padroeiro e esperavam pela chegada de milhares de romeiros, portanto pensar em transitar pelo centro da mesma era loucura. Nós saímos bem cedo para um local bem afastado da muvuca e dos fogos de artificio.
Fomos para uma fazenda conhecida do Zaga, onde já havia avistado uma família de Mergulhões-pequenos.
A trilha até parecia curta, mas era só ilusão de ótica, parece que nunca chegávamos ao local.



Quanta alegria em pular uma cerca!
Fotos: Peterson
Sobe pra um lado, desce pra outro e começávamos a vislumbrar o lago onde haviam sido avistados, mas será que estariam lá?

A chegada triunfal.
Foto: Dú Nyari
Depois de nos esquivarmos de montes astronômicos de m.... de vaca, conseguimos chegar a um pequeno lago, coberto de vegetação em uma de suas margens, e de onde pudemos assistir a 3 indivíduos desta bela espécie saírem em direção ao meio do lago.

Mergulhão-pequeno (Tachybaptus dominicius)
Na volta resolvemos para sob a arvore onde havíamos visto o Pica-pau e nova surpresa! A fêmea  estava dentro do ninho, confirmando as nossas suspeitas. Poucas fotos para não atrapalharmos o casal e seguimos para a fonte, onde acabamos encontrando com vários moradores da cidade e que nos perguntaram muito sobre observação de aves, tipos de arvores boas para atraí-los e cuidados com os mesmos. Parece que as pessoas ali tem um cuidado maior com os nossos amigos alados.

O ninho do Pica-pau rei.
Por falar em amigos alados, tivemos ainda um encontro inimaginável...


Depois desta o Zaga começou a ficar preocupado com a sua imagem na cidade.Acho que não vão nos aceitar lá novamente, primeiro o Parque do Zizo, agora a Pousada da Fazenda, a coisa esta ficando difícil...
De volta a fazenda, novas fotos nos bebedouros, aquele almoço de domingo e pose para a foto final do grupo.

Atrás: Gustavo, Zaga, Luciano,Peterson e Pompeo
A frente: Danilo,Cibele, Dú, Eloisa, Joana, Jacqueline, Erika, Petri e Mônica
Foto: Danilo
Uma expedição muito proveitosa, afinal pudemos registrar 90 espécies de aves nestes 03 dias, mas acima disto está a oportunidade de compartilhar com nossas famílias de momentos tão singelos, mas de tal importância, que deixam aquela saudade gostosa e aquela famosa pergunta no ar: "Quando vai ser a próxima?"

2 comentários:

  1. Pompeo e pessoal :foi um prazer para mim estar com vocês!! Grande abraço , Zaga!!

    ResponderExcluir
  2. Maravilha ! Um final de semana inesquecível. Obrigado a todos pela ótima companhia.
    Dú Nyari

    ResponderExcluir